20 março 2009

PHILIA





O amor materno é o mais perfeito. É amor humano mais verdadeiro, está somente abaixo do amor de Deus pelos homens.
Muitas mães com certeza seriam capazes de prender seus pés e mãos e padecer na cruz por seus filhos. Não quero, de forma alguma, comparar o amor de Jesus Cristo com qualquer coisa mundana, apenas ilustrar o que sinto deste amor.
Dizem que ser mãe é padecer no paraíso, mas acredito que o verdadeiro sentido desta frase não seja entendido por muitos. Ser mãe é sim estar no paraíso, é uma dádiva, um presente divino e deve ser guardado como um tesouro. Às mulheres que receberam este presente, Deus quis que emanasse de seus olhos um brilho intenso, um sopro de carinho e cuidado, um cheiro de amor que somente mães e filhos podem sentir e entender.
Ser mãe e ser filha é um privilégio feminino. É como um agradecimento a Deus por tudo o que somos, por sermos mulheres. Excluindo-se qualquer comentário masculino, que taxe este texto de feminista, antes alego que apenas sinto uma forte ligação entre filhas e mães, mulheres. Com isto não digo que o amor de uma mãe por seu filho homem seja menor do que o mesmo por uma menina. Falo apenas do sentimento de cumplicidade que existe entre duas mulheres, pois só entre elas é possível saber realmente o que significa ser mãe.
Não sou mãe, mas sou mulher. Sou filha e, se Deus quiser, futura genitora. Sou capaz de sentir, mesmo sem nunca ter vivenciado, a magia de ver alguém crescendo dentro de mim, o calor de abraçar a barriga com as próprias mãos e saber que estou abraçando meu filho, meu fruto, meu presente. Se não fosse algo realmente divino e merecedor não agüentaríamos o farto do parto, não suportaríamos a pressão de sermos eternamente responsáveis por alguém. Mas seguimos nosso caminho e destino, pois somos gratas a Deus por esta dádiva.
Digam o que quiserem de muitas mães que abandonam seus filhos, fazem maldades e chegam, até mesmo, a matá-los. Não acredito que as façam por falta de amor, mas sim por qualquer sorte de problemas psíquicos, financeiros, sociais e religiosos. Não é possível, para uma mulher, não amar o que cresceu dentro de si, da mesma forma que não é possível odiar a si mesmo.
Parabéns a nós, mulheres, somos todas mães mesmo quando não nos é dado este dom fisicamente, somos amantes, amigas, filhas e vencedoras. Somos, apenas, abençoadas por Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário