Jovens e relacionamento, assunto tão batido quanto clara de ovo em neve. Porém, as discussões em torno desta questão nunca chegam a uma resposta definitiva para a pergunta: afinal, os jovens querem um relacionamento duradouro?
Ao longo do meu pouco tempo de vida conheci pessoas de diferentes tipos; alguns adoram paquerar, outros curtem baladas, há os que nem saem, quanto mais para paquerar. Os quietinhos, os ousados, homens e mulheres, com formas distintas de pensar. Mas, da maioria destes, seja do sexo feminino ou masculino, já ouvi a frase: “quero namorar”. No começo foi surpreendente escutar dos meus amigos mais baladeiros uma frase dita tão conservadora, principalmente para uma geração como a nossa, a geração Y, do jovem arrojado, descolado e cujo lema é praticar o desapego. Porém, percebi que não é tão assutador assim um jovem, seja como ele for, querer namorar, devido a um fato muito simples: chegamos a este mundo sozinhos, mas não queremos sair dele da mesma forma. É inegável. A idéia de envelhecer sozinho enlouquece a cabeça de qualquer um, mesmo a de um jovem.
A juventude de hoje não é somente preocupada com o futuro profissional. Esta preocupação acaba trazendo, mesmo inconscientemente, pensamentos sobre o futuro sentimental. Afinal, quando nos pegamos pensando em ganhar cinco mil reais aos 25 anos, pensamos também no que faremos com todo este dinheiro e este pensamento esbarra frequentemente no desejo de dividir as experiências futuras com alguém especial.
Em algum momento da vida - e este momento geralmente é por volta dos 20 anos – paramos e pensamos que ter amigos é legal, sair todos os fins de semana também, dever satisfação somente para os pais (ou nem isso) é o máximo, mas…Será que embarcar em um relacionamento e ter alguém com quem dividir uma pipoca de microondas em um domingo chuvoso não vale a pena, também?
Tenho como provar minha hipótese com dois tipos muito diferentes de pessoas: os que adoram namorar e os que dizem odiar: os primeiros deram uma chance ao relacionamento e perceberam que, apesar das obrigações, ter, em uma só pessoa, um namorado (a), um amigo (a), um companheiro (a) de balada, entre outras coisas; é uma troca muito justa. Já os que não gostam de relacionamentos repetem isto aos quatro ventos simplesmente por um motivo: medo. Medo de se apegar, de perder a liberdade, de estar com uma única pessoa. Mas, mesmo essas pessoas sabem que um relacionamento duradouro é a solução para uma aflição tão grande do ser humano: ficar sozinho. Não namoram apenas por não acharem que estão prontos para pagar o preço.
Ninguém quer ficar sozinho. Esta é a grande verdade. Quando crianças precisamos de amigos, quando adolescentes necessitamos, além dos amigos, de alguém em quem pensar, ao menos. Jovens começam a amadurecer e se dão conta de que só ficantes não é o suficiente e adultos casam. Idosos, em algum momento, acabam por voltar ao cuidado dos filhos, quando seus companheiros se vão. Este é o destino das pessoas; a eterna busca por companhia.
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