
Pula, enrosca, escorrega, desvia, brinca.
Não fala uma palavra. É a maior prova que o amor não precisa de condições perfeitas para se manifestar.
Dá pouca coisa, recebe muita.
É mimada, tímida, irritada, antissocial, teimosa, linda.
Nunca vai entender uma palavra, mesmo assim digo todos os dias que a amo, com palavras faladas ou em pensamento.
Exige somente o básico para viver, exceto alguns mimos e percebe-se o quanto é extremamente feliz apenas em poder deixar-se cair sobre os pés alheios.
Sei que não estará aqui para sempre, sei que meu tempo ao seu lado poderia ser maior, sei que meu coração não está preparado para nenhuma notícia ruim.
Sei também que às vezes a vontade é apenas de agarrá-la e sentir o ronronar bem próximo do meu coração.
É folgada.
Aperto meu corpo em um extremo da cama para que ela possa ocupar a outra metade, mesmo sendo dez vezes menor que eu.
Mas não me importo, desde que perceba ao longe seu miado doce, quase como um choro, toda sexta-feira, quando sabe que estou chegando em casa, depois de uma longa semana de separação.
Apenas isso basta para que meu coração se encha de amor, ternura e todos os sentimentos bons que fazem meu fim de semana feliz. Apenas isso.
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