31 dezembro 2011

Esperando pelo amanhã























Sento-me observando o tempo de longe.
Mas não espero que passe e sim que chegue.
Chegue ao ponto de largada.
Ele se aproxima. Vem rápido sobre mim.
Sinto que antecipa sua partida.
E eu.
Eu aguardo a sentença inicial.
Sua remissão.
A página em branco ao final do livro.
Sua tenra e imperceptível pirueta.
Olhos fechados.
Respiração mais que lenta.
Poros atentos ao mais suave movimento do tempo.
Irei percebê-lo mesmo que passe apenas pelas pontas de meus cabelos.
Só faço aguardar já faz muito tempo.
E o tempo se aproxima à galope, trazendo, esvoaçante, um re-começo.

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