Seus olhos ardiam. Como se uma radiação os tivesse atingido.
Eram aproximadamente três da tarde e o peso de uma dor ainda pendia sobre seus ombros.
Foi então que recebeu uma mensagem. Seu celular emitiu o som característico de SMS. Há quanto tempo não recebia um torpedo?
Sentiu o coração saltar dentro do peito. Era uma única mensagem, solitária. Mas significava muito mais do que o pequeno espaço em que estava poderia expressar. Na verdade, naquele momento, significava mais que o universo, significava a sua paz.
Dizia simplesmente: "Estou bem. Curado".
Lembrou-se do emissor daquela mensagem, da dor que tinha causado a ele quando, em um dia de inverno, decidiu acabar o relacionamento de anos e mergulhar em uma nova aventura. Havia deixado aquele que pensou amar de forma crua, definitiva e direta. Soube que ele sofrera mais do que poderia suportar saber. Tratou, então, de cortar todas as possibilidades de contato, para deixar que ele sofresse sozinho.
Muita coisa acontecera nos últimos sete meses. O novo amor não fora tão amável quanto parecia e tinha acabado. Chegou a uma conclusão redentora: precisava ficar sozinha. Só. Mas algo ainda perturbava seu sono, mesmo que não quisesse admitir. A dor que havia causado em duas pessoas e a si mesma não a deixava seguir em frente. Sentia-se parada no tempo.
Foi desta forma que a mensagem repentina levou com a mesma rapidez o pequeno demônio silencioso em sua mente.
Finalmente. Três palavras de um aparelho moderno tinham o poder de soltar as algêmas de sua alma.
Ele estava bem. Feliz. Curado de tal forma que lhe permitia enviar um torpedo libertando a escrava de seu passado. Ela estava perdoada, era a redenção. A pequena fagulha de egoísmo presente em todo ser humano não a atingiu. Enquanto algumas pessoas desejam o amor alheio mesmo que não amem, tudo o que ela esperou por todos aqueles meses era justamente o contrário. O fato do amor dele ter acabado significava que ela poderia voltar a amar novamente.
Talvez ainda significasse que, em algum lugar acima das nuvens, outro ser também a havia perdoado. Essa era a verdadeira liberdade.
Eram aproximadamente três da tarde e o peso de uma dor ainda pendia sobre seus ombros.
Foi então que recebeu uma mensagem. Seu celular emitiu o som característico de SMS. Há quanto tempo não recebia um torpedo?
Sentiu o coração saltar dentro do peito. Era uma única mensagem, solitária. Mas significava muito mais do que o pequeno espaço em que estava poderia expressar. Na verdade, naquele momento, significava mais que o universo, significava a sua paz.
Dizia simplesmente: "Estou bem. Curado".
Lembrou-se do emissor daquela mensagem, da dor que tinha causado a ele quando, em um dia de inverno, decidiu acabar o relacionamento de anos e mergulhar em uma nova aventura. Havia deixado aquele que pensou amar de forma crua, definitiva e direta. Soube que ele sofrera mais do que poderia suportar saber. Tratou, então, de cortar todas as possibilidades de contato, para deixar que ele sofresse sozinho.
Muita coisa acontecera nos últimos sete meses. O novo amor não fora tão amável quanto parecia e tinha acabado. Chegou a uma conclusão redentora: precisava ficar sozinha. Só. Mas algo ainda perturbava seu sono, mesmo que não quisesse admitir. A dor que havia causado em duas pessoas e a si mesma não a deixava seguir em frente. Sentia-se parada no tempo.
Foi desta forma que a mensagem repentina levou com a mesma rapidez o pequeno demônio silencioso em sua mente.
Finalmente. Três palavras de um aparelho moderno tinham o poder de soltar as algêmas de sua alma.
Ele estava bem. Feliz. Curado de tal forma que lhe permitia enviar um torpedo libertando a escrava de seu passado. Ela estava perdoada, era a redenção. A pequena fagulha de egoísmo presente em todo ser humano não a atingiu. Enquanto algumas pessoas desejam o amor alheio mesmo que não amem, tudo o que ela esperou por todos aqueles meses era justamente o contrário. O fato do amor dele ter acabado significava que ela poderia voltar a amar novamente.
Talvez ainda significasse que, em algum lugar acima das nuvens, outro ser também a havia perdoado. Essa era a verdadeira liberdade.
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